Quando a grade curricular não supre o aprendizado do aluno, geralmente recorrem aos professores, que se perguntam quanto cobrar por aula de reforço escolar.
Essa é uma realidade vantajosa tanto para o aluno quanto para o professor, pois ao passo em que o estudante absorve conhecimento se tornando um discente mais preparado e completo, o profissional consegue ampliar sua renda mensal.
Então, eu separei alguns passos assertivos para precificar de forma correta e honesta o seu valioso serviço. Vamos conferir?
Quanto cobrar por aula de reforço escolar: 5 passos para precificar
A demanda por aulas particulares de reforço escolar não é nenhuma novidade no Brasil, e seu crescimento já era observado ainda em 2019.
Contudo, a pandemia tornou essa necessidade ainda mais evidente, já que boa parte dos alunos estava distante da escola. Por conseguinte, houve um enfraquecimento do aprendizado, ou seja, o reforço escolar nunca foi tão importante como agora.
Só que ao passo em que os profissionais têm uma boa oportunidade de estender o alcance do ensino, surge a necessidade de cobrar corretamente pelas aulas extras. Sendo assim, os passos que você verá a seguir são todos os pilares necessários para se chegar num preço adequado!
1. A base da precificação depende de alguns fatores
É praticamente impossível chegar aqui e dizer: olha, você tem que cobrar R$150,00, R$120,00 ou quiçá R$100,00. Se alguém falar isso, desconfie do valor estipulado, já que o processo é um tanto complexo e influenciado por múltiplos fatores.
Por exemplo, você cobrará o mesmo valor pela aula presencial (com gastos de deslocamento) e virtual? Obviamente que não, uma vez que a aula a distância (EAD) exige menos gastos. Nesse contexto, veja outros elementos a relevar:
- Caso as aulas aconteçam presencialmente, qual espaço será utilizado, o do professor ou do estudante?
- Quais gastos são decorrentes do deslocamento até o aluno?
- Você como profissional detém qual nível de formação, graduação e especialização?
- O método de ensino/aprendizado já foi definido?
- De que forma você agrega conhecimento valioso para o estudante?
- Já possui experiência de como dar aulas particulares?
- Determinou junto aos responsáveis pelo aluno a grade e cronograma das aulas e reforço?
Portanto, você deve se perguntar tudo isso e unir as respostas para ter uma base de como deverá ser colocado o preço sobre o serviço.
2. Considere e valorize seu conhecimento como profissional
Outro fator contribuinte para o aumento ou decréscimo dos valores das aulas, está em seu conhecimento. De nada adianta você ter pouca experiência lecionando e querer cobrar valores impraticáveis.
Igualmente negativo para seu negócio é ter uma expressiva carga de conhecimento, especialização e experiência, mas cobrar um “valor simbólico”. Desse jeito você trabalha de graça, pois poderia estar valorizando melhor seu tempo.
Vale frisar aqui, que quanto mais específicas as matérias ensinadas, maior será o valor cobrado.
Por exemplo, vamos supor que esteja lidando com um aluno que precisa de reforço com aulas de inglês, seja para realizar uma prova ou um teste de proficiência.
Dessa maneira, o valor será distinto daquele cobrado por uma aula de matemática, compreende? É por isso que recomendo a você conhecer bem o mercado, a fim de definir o quão valioso é seu diploma, conhecimento e tempo empregado!
3. Tenha atenção ao estipular um valor mínimo
Esse é um ponto de muita cautela, principalmente para quem é iniciante. Já vi muito por aí as pessoas terem o seguinte raciocínio: “Ah, vou cobrar o mínimo, depois a gente vê como fica a precificação mais à frete”.
De fato, é claro que você cobrará menos de início, afinal, é essencial adquirir mais experiências.
No entanto, quando você começa a trabalhar com um valor fixo muito baixo, no intuito de chamar a atenção e conseguir clientes, você abre um perigoso precedente. Estou falando da dificuldade em atualizar seus valores posteriormente.
Como resultado, você pode ficar conhecido nesse meio como aquele “profissional barato”. E a longo prazo, essa estratégia desvaloriza e torna seu negócio algo que você tenha praticamente que pagar para trabalhar, fica inviável.
Em contrapartida, essa situação pode ser revertida apenas ao estudar os preços praticados na sua região. Assim é mais fácil entender a dinâmica da sua categoria!
4. Considere a localização e as disciplinas contratadas
Não há como negar que quanto maior o deslocamento e complexidade das matérias ensinadas, maiores os custos envolvidos. Somado a isso, temos a oscilação de valores praticados nas mais diferentes regiões e estados, não é mesmo?
Dependendo da localização dos alunos, a concorrência tende a crescer ou diminuir, e isso também pesa no valor final. Abaixo você verá uma lista com as matérias que oferecem maior flexibilidade de preço, bem como as que tendem ser mais “em conta”:
- Questões de matemática que envolvem cálculos, álgebra avançada e demandas de vestibulares, como engenharia.
- Aspectos relacionados à complexidade de física.
- Disciplina de química e suas variações.
- Português e a jornada para se aperfeiçoar gramaticalmente.
- Crescimento da área de biologia.
- Inglês como necessidade profissional de aprendizado.
DICA EXTRA: antes de divulgar seus serviços, dê uma boa estudada no modelo de texto para anúncio de reforço escolar a ser veiculado. Essa mensagem acaba se tornando a porta de entrada dos futuros alunos!
5. Alcançar à precificação exata é essencial
Enfim chegamos à etapa de “colocar um preço no serviço dos outros”. Considerando todas as variáveis acima, os gastos com deslocamento e custo de vida de certas regiões, seu conhecimento e experiência, além das matérias ensinadas na aula de reforço escolar, é possível se basear nos seguintes valores:
Disciplina | Valor mínimo | Valor máximo |
Exatas | R$100,00 | R$130,00 a R$150,00 |
Humanas | R$80,00 | R$100,00 a R$ 130,00 |
Biológicas | R$80,00 | R$120,00 |
Idiomas | R$70,00 | R$140,00 |
Informática | R$50,00 | R$80,00 |
Se você notar na tabela, a que mais sofre variação é a aula de idiomas. Isso acontece porque há diferenças inegáveis no aprendizado de línguas mais complexas.
Por exemplo, o inglês já se tornou uma necessidade básica, então as aulas tendem a ser mais baratas.
Em contrapartida, podemos destacar o alemão ou mesmo o japonês, idiomas de maior complexidade e que demandam mais especialização e estudo do professor. Nesse caso, portanto, os valores podem subir exponencialmente!
DICA EXTRA: avalie trabalhar remotamente para ampliar a margem de lucro
Com a evolução das tecnologias e plataformas de reunião online, tornou-se muito mais simples lecionar a distância. Então, ao invés de se deslocar por quilômetros para atender seus alunos, é viável fazer do conforto de casa.
Porém, a grande diferença é que seu preparo, o cuidado com a organização das aulas e carga horária devem acompanhar esse cenário. Do contrário, pode ser complexo colocar um preço justo, pois a percepção de valor do aluno é diferente nessa interação.
Outro ponto importante diz respeito à propaganda. Atualmente existem plataformas que agregam os serviços de muitos profissionais, ou seja, a concorrência é consideravelmente alta.
Portanto, a alternativa é investir em marketing e divulgação dos serviços, além de ser amplamente capacitado nas matérias propostas a lecionar.
Como resultado, você conta com a combinação perfeita, já que será encontrado por meio da divulgação, mas terá sua experiência comprovada na prática. Agora que você sabe quanto cobrar por aula de reforço escolar, é o momento de compartilhar todo seu conhecimento!
Espero muito que tenha gostado das minhas dicas, não esqueça de compartilhar para ajudar outros profissionais na mesma situação. Até a próxima!