De onde vem o salmão consumido no Brasil?

Publicado por Lidia Massari em 22 de agosto de 2024

O salmão consumido no Brasil vem majoritariamente do Chile, que é um dos maiores exportadores de salmonídeos e abastece o consumo nacional, você também encontra peixes de países como Noruega e Alaska, mas o preço vai lá nas alturas.

É engraçado como hoje encontramos salmão em praticamente todos os lugares, dos supermercados aos restaurantes, mas mesmo assim, a produção brasileira é zero e nenhum salmão é realmente fruto do nosso produtor. Muita gente não entende isso.

Sendo assim, se você quer descobrir exatamente de onde vem o salmão consumido no Brasil e como funciona essa indústria milionária, basta conferir a leitura!

Saiba agora de onde vem o salmão consumidor no Brasil

de onde vem o salmão consumido no Brasil

Sabe quando você passa pela tradicional peixaria da cidade, e o peixeiro acaba de arrumar uma posta magnífica de salmão? Ou então, quando você encontra aquele filé de salmão fresco no supermercado que é a coisa mais irresistível desse mundo?

Saiba que as chances de você estar diante de um salmão chileno são gigantescas. Acontece que o Chile é um dos maiores produtores de salmão do mundo e o principal fornecedor do Brasil.

Anualmente, estima-se que o Chile exporta mais de 100 toneladas de salmão somente para o Brasil. E embora exista discussão quanto aos impactos ambientais da produção chilena, fato é que produção e exportação seguem tendências de crescimento.

Por que o Chile se destaca na produção e exportação do salmão?

Além do investimento em pesquisa e tecnologia, que contribuem para aperfeiçoar a cadeia produtiva, o Chile tem condições naturais perfeitas. Veja bem, o salmão depende de águas frias e limpas para se desenvolver.

Nesse contexto, o Chile combina esses dois requisitos à extensa região costeira, que é banhada pelas águas frias do Oceano Pacífico. Acompanhe agora um raio-X da indústria salmoneira chilena:

  1. Localização: a produção de salmonídeos no Chile se concentra em regiões como Los Lagos e Aysén, que viabilizam as condições ideais.
  2. Espécies: as espécies produzidas são o salmão Coho, salmão do Atlântico e truta, que complementam a demanda do mercado.
  3. Processo produtivo: consiste em incubação de ovos fertilizados, soltura em tanques de água doce e depois em gaiolas em mar aberto.
  4. Sustentabilidade: o Chile enfrenta diariamente os desafios para reduzir os impactos ambientais, gestão de resíduos e controle de doenças.
  5. Exportação: o salmão chileno é responsável por abastecer uma demanda global, mas tem o Brasil como um dos principais destinos.

Vale ressaltar ainda, que o Chile produz cerca de 900 mil toneladas de salmão anualmente. No último ano, o país exportou uma média de US$5 bilhões em produtos salmonídeos, para países como Japão e Estados Unidos.

Portanto, entender de onde vem o salmão consumido no Brasil é conhecer um pedaço da história dos produtores chilenos.

Tem criação de salmão no Brasil? Por que não existe salmão no Brasil?

Por que não existe salmão no Brasil

Você não se conforma que todo aquele salmão que já comeu veio do Chile. Não é possível que o Brasil não produza sequer um salmão, ou é?

Infelizmente não existe criação de salmão no Brasil, em nenhum lugar você encontra o peixe de produtores nacionais. E o motivo é simples: as águas que banham os litorais brasileiros não oferecem temperatura adequada para a criação do peixe.

Veja, o salmão tem um ciclo de desenvolvimento muito curioso. Primeiramente, o peixe selvagem nasce em água doce, mas conforme se desenvolve, ele migra para o mar.

Dessa forma, ele busca águas com temperatura entre 5°C e 7°C no máximo. Por fim, seu ciclo se renova e começa tudo novamente.

No caso do salmão chileno, ele é criado em tanques-rede e pode aproveitar a baixa temperatura das águas para simular seu habitat natural, mesmo que não seja oriundo do Chile.

Quem exporta salmão para o Brasil?

As quantidades de salmão importados de outros países além do Chile, são pequenas, o que dificulta o mapeamento. Porém, eu verifiquei que algumas redes de frigoríficos especializados em peixes, estão à frente da importação independente.

Nesse cenário, alguns países costumam despontar como bons fornecedores de espécies de salmão selvagem. Por exemplo, a Noruega, famosa por seu bacalhau da mais alta qualidade, é berço natural do salmão selvagem.

O Alasca, uma península fronteiriça ao Canadá que fica nos Estados Unidos, oferece o verdadeiro salmão selvagem. Não por menos, a baixa temperatura e o nível de pureza das águas, são fatores que proporcionam uma das carnes mais valorizadas.

No entanto, estes países não conseguem suprir a demanda da importação, logo, disponibilizam “pequenas” quantidades. Só para ilustrar a diferença de valores, o quilo do salmão chileno custa em média R$75 a R$100, dependendo da região.

Em contrapartida, cerca de 900g do salmão da espécie Sockeye, natural do Alasca, pode custar mais de R$230.

Para finalizar, eu vejo que muita gente se pergunta como saber se o salmão é de cativeiro? Olha só, se você pegar a embalagem do produto e identificar a origem como chilena, o peixe é 100% de cativeiro.

Agora, se você comprar de outros países como eu citei há pouco, aí você pode apreciar um peixe com mínima interferência humana.

Saber de onde vem o salmão consumido no Brasil é importante para compreender sua cadeia produtiva

Depender única e exclusivamente do salmão selvagem torna a cadeia de consumo insustentável. Por isso, quando você descobre de onde vem o salmão consumido no Brasil, entende a relevância dos produtores chilenos.

Obviamente, existe aquela velha discussão de que o salmão de cativeiro não é vantajoso, que agride o meio ambiente e entrega peixes ruins para o consumo, já que a sua coloração é induzida pela ração e não pela alimentação natural.

Mas chega num ponto da cadeia de consumo, que esta é a única alternativa para entregar os produtos que os consumidores valorizam. Gostou do conteúdo e achou informativo? Compartilhe e até a próxima!

Lidia Massari
Graduação em Publicidade e Propaganda, com oito anos de especialização em Marketing de Conteúdo, Inbound e SEO. Sou entusiasta de tecnologia, inovação, fascinada pela robótica e filmes de ficção científica. Sou curiosa e adoro aprender coisas novas.

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