Quer dizer que você tem produtos de qualidade, mas não sabe como vender peixe para frigorífico? Dentre as principais etapas, é preciso identificar bons parceiros comerciais, garantir máximo frescor e certificação e desenvolver boa logística.
O mercado de peixes no Brasil é promissor, mas ainda caminha lentamente, o que abre grandes oportunidades para novos empreendedores dispostos. Acompanhe a leitura e veja qual a melhor forma de vender peixes para frigoríficos!
Como vender peixe para frigorífico em 5 passos simples
Montar um frigorífico de peixes está entre as ideias mais promissoras no mercado hoje. Isso porque o consumo de peixes foi o que mais aumentou na última década, segundo a Associação Brasileira de Piscicultura (Peixe BR).
Os dados apontam para um aumento geral de 53% desde 2014, ou o equivalente a 5,3% ao ano. Então, se você decidiu fechar parceria com frigoríficos de referência, veja a seguir quais passos são indispensáveis!
1. Identificação de oportunidades e contato inicial
Para determinar como vender peixe para frigorífico, não tem segredo algum. Afinal, tudo se resume a você ter mercadorias desejáveis e encontrar o parceiro certo disposto a criar um vínculo comercial favorável a ambos.
Diante disso, o primeiro passo é localizar comércios que oferecem margem para negociação e oferta, olha só:
- Faça um levantamento completo acerca dos frigoríficos da região ou das proximidades que enfrentam baixa oferta hoje.
- Prepare a apresentação do seu produto, do modelo comercial e, sobretudo, das práticas empregadas na produção.
- Destaque todos os atributos, benefícios e vantagens que apenas você consegue fornecer ao frigorífico.
- Se tiver acesso fácil, crie documentos de apresentação, materiais informativos e folders profissionais, quanto mais visual, mais atrativo.
Eu sei como tudo isso pode parecer intimidador, mas com a internet nas mãos, encontrar o frigorífico certo é questão de tempo!
2. Garantia de qualidade e certificação dos produtos
Os frigoríficos dependem de alta qualidade para atender uma demanda cada vez mais exigente. Conforme o brasileiro aumenta seu consumo mensal de peixes, mais seu paladar se torna refinado, por consequência, mais qualidade ele busca.
Nesse contexto, dificilmente o frigorífico fechará contrato com a sua empresa de fornecimento, se não houver um padrão de qualidade. Por isso, uma dica é compreender qual o padrão exigido hoje pelo parceiro em questão.
Assim, você terá mais assertividade na hora de colocar a proposta na mesa. Separei algumas dicas extras que impactam na percepção do seu futuro cliente:
- Práticas sustentáveis: a sustentabilidade é a palavra de ordem hoje, logo, pesca e manejo precisam estar alinhados às práticas de sustentabilidade, de modo a assegurar frescor e segurança do alimento.
- Certificações: obtenha a certificação do SIF (Serviços de Inspeção Federal), que consiste em diferentes etapas que atestam alto padrão de qualidade e respeito às diretrizes sanitárias.
- Confiança estimulada: a partir das certificações e práticas modernas, você reforça a ideia de uma marca confiável e segura para investir, o que aumenta as chances de parcerias frutíferas.
3. Capacidade logística de fornecimento em tempo hábil
Se tem um fator que é determinante para a consolidação da parceria, é a logística da cadeia de fornecimento. E não é para menos, visto que peixe é uma das carnes mais perecíveis.
Nesse sentido, você não precisa necessariamente montar uma logística própria, mesmo porque isso demanda um investimento considerável. Hoje em dia, existem empresas especializadas em armazenagem e transporte refrigerado.
Contudo, é crucial analisar os custos e as vantagens de cada companhia, uma vez que impactam na sua margem de lucratividade.
Um ponto interessante, é que alguns frigoríficos dispõem de logística própria. Em vista disso, talvez seja interessante trazer para o plano comercial e debater a possibilidade de centralizar as operações nas mãos de ambas as empresas.
4. Experiência na negociação de preços e condições de pagamento
Nem flexível demais, tampouco impassível, o momento da negociação de preços e condições de pagamento pode ser o divisor de águas para você conquistar novos frigoríficos.
É muito comum que a discordância na criação do contrato se dê pela falta de consenso nos valores praticados. Se porventura você chegar a este ponto, é sugerível se posicionar da seguinte forma:
- Antecipe-se e crie cenários de negociação e contraproposta de oferta.
- Dê preferência aos frigoríficos que costumam comprar em quantidades mais volumosas, isso gera flexibilidade de precificação.
- Nunca ceda a ofertas irrisórias, pois você precisa cobrir custos, despesas e levantar seu ganho líquido.
- Utilize o contrato para transparecer termos, datas e frequência de entrega, bem como limites para pagamento.
- Delimite a responsabilidade e o papel individual para que não haja margem para contestação descabida, isso serve para ambos.
Costumo dizer que um contrato bem estabelecido é o antídoto para mal-entendidos e um possível mal-estar com o cliente.
5. Manutenção do relacionamento e serviço de excelência
A manutenção do relacionamento não deve acontecer apenas nos momentos de novos pedidos e entregas. Pelo contrário, a proximidade no relacionamento é importante para estreitar laços que vão além do universo comercial.
Sendo assim, monitore continuamente a satisfação e colete feedback sempre que possível. Como resultado, fica mais claro em quais pontos e áreas você deve investir para trazer melhorias e assegurar o cumprimento de 100% da satisfação.
Inclusive, estabeleça desde os primeiros contatos quais canais de comunicação o cliente pode utilizar para solucionar qualquer pendência. A transparência é o maior aliado de quem busca aprender como vender peixe para frigorífico.
Entendeu como vender peixe para frigorífico com profissionalismo?
Para concluirmos com chave de ouro, nesse momento tudo que você precisa é se empenhar em oferecer sempre mais e melhor. Então, ajustar sua oferta com os peixes mais procurados pelos frigoríficos é muito valioso.
Atualmente, os peixes mais consumidos pelo brasileiro envolvem a tilápia, pintado, tambaqui, sardinha, pirarucu, corvina, pescada branca e amarela, bacalhau e salmão. No entanto, minha sugestão de ouro é focar também em outros frutos do mar.
Por exemplo, camarão e polvo são produtos em alta, e aqui você não depende apenas dos frigoríficos. Afinal, é viável procurar parcerias com redes de supermercados e peixarias menores que não têm oferta na região, olha que boa ideia, né?
Espero muito que tenha gostado das minhas dicas, se foram úteis para você, compartilhe e até a próxima!