Profissionais interessados em ingressar na musicoterapia precisam obrigatoriamente de diploma de graduação ou especialização em musicoterapia, geralmente são cursos com duração média de 4 anos, que viabilizam o respaldo sólido em pilares como psicologia, música e práticas terapêuticas.
Mas saiba que nem sempre foi assim, pois a regulamentação da profissão aconteceu apenas recentemente. Quer entender melhor quem pode trabalhar com musicoterapia, e assim, planejar os próximos passos? Acompanhe a leitura até o final!
Entenda quem pode trabalhar com musicoterapia hoje em dia
A musicoterapia existe há um bom tempo no Brasil, e seus primeiros relatos surgiram na década de 60. Com comprovação científica, os primeiros cursos vieram ainda nos anos 70, e hoje, você encontra diferentes graduações e pós-graduações.
Por isso, a musicoterapia como atividade profissional já tinha reconhecimento dentro da Classificação Brasileira de Ocupações (CBO). Aliás, fazia parte também do Sistema Único de Assistência Social (SUAS), mas faltava algo para oficializar a profissão.
Nesse contexto, em 2019 surgiu o Projeto de Lei 6.379/19, que veio para finalmente regulamentar a profissão de musicoterapeuta. Segundo os responsáveis pelo projeto, a ideia é reforçar a atuação de profissionais com qualificação, pois a atividade se caracteriza:
“Pesquisas demonstram que o uso inapropriado da música pode gerar danos psicológicos, fisiológicos, físicos e relacionais.”.
Na prática, a atividade não se resume apenas a utilizar a música no tratamento dos pacientes, mas utilizá-la da forma correta.
Quais as novas exigências para atuar com musicoterapia?
- Diploma de curso de graduação em Musicoterapia.
- Como alternativa, também é válido o curso de especialização em Musicoterapia.
- Profissionais que já atuam na profissão há mais de 5 anos na data de início da vigência da lei.
Inclusive, é importante salientar que o projeto ainda leva em consideração atividades privativas do musicoterapeuta profissional, tais como:
- Executar avaliações musicoterapêuticas, tanto iniciais quanto de processo.
- Definir o melhor plano de tratamento para cada paciente.
- Responsabilidade pela aplicação das técnicas e métodos.
Portanto, o PL 6.379/19 veio para oficializar uma profissão que estava em ascensão no Brasil.
Embora pareça apenas burocracia, isso é fundamental para preservar a qualidade dos tratamentos, blindar a segurança do paciente e elevar o nível profissional dos musicoterapeutas.
O que a musicoterapia oferece no tratamento dos pacientes?
Ainda que amplamente difundida no Brasil, muita gente desconhece o conceito da musicoterapia. Porém, para quem busca uma especialização para diferenciar o currículo ou mesmo mudar o foco profissional, é crucial entender melhor seu conceito.
Nesse sentido, a musicoterapia não é considerada uma ciência em si, mas sim uma prática com teor terapêutico.
O intuito, por sua vez, é combinar técnicas musicais validadas no meio e a base da neurociência, tudo para estimular a reabilitação e prevenir doenças. Só que o mais interessante da prática, é a sua capacidade de beneficiar praticamente qualquer pessoa.
Caso você não saiba como a musicoterapia traz alívio à vida dos pacientes, aqui estão alguns pontos sobre sua aplicação:
- Aprendizagem: com aplicação no contexto das crianças, a musicoterapia é capaz de auxiliar com problemas e atrasos de aprendizagem, com o objetivo de destravar o paciente.
- Melhoria na qualidade de vida: pacientes com doenças crônicas e idosos têm a oportunidade de aprimorar a qualidade de vida, seja na questão do sono ou na prevenção das adversidades.
- Processo de reabilitação: aqui entram os pacientes que englobam desde a reabilitação motora até o processo de tratamento para dependência química.
- Reintegração de indivíduos: mais recentemente, a musicoterapia se aplica na reintegração, por exemplo, de menores infratores.
Onde um musicoterapeuta pode atuar após obter sua qualificação?
Como não poderia ser diferente, o musicoterapeuta utiliza a música como eixo central de distintas atividades na promoção da reabilitação em geral. Seja para melhorar aspectos sociais, físicos, mentais e motores, a técnica tem empregos bem específicos.
Sendo assim, o profissional pode se utilizar de diversos instrumentos que cumprem papéis imprescindíveis no plano de tratamento.
Além do mais, a combinação com elementos como canto, ritmos, melodias e até ruídos, potencializa o tratamento de pessoas que apresentam algum tipo de deficiência auditiva, também na fala e até em condições mentais.
Atualmente, a musicoterapia é um recurso em evidência quando se fala no tratamento de dois problemas crescentes: Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH) e Transtorno do Espectro Autista (TEA).
Normalmente, os tratamentos têm como foco as crianças e adolescentes, já que o processo de desenvolvimento inicial é determinante para o futuro do indivíduo na sociedade.
Principais perfis profissionais que costumam atuar na musicoterapia
- Profissionais com graduação específica em musicoterapia.
- Especialistas em saúde mental.
- Profissionais de Educação Musical.
- Terapeutas Ocupacionais.
Qual o salário do musicoterapeuta? Como maximizar os ganhos?
Como a musicoterapia passou por regulação recentemente, por assim dizer, ainda é cedo para estabelecer uma base sólida de ganhos. Além do que, há a questão da região, relevância da qualificação, experiência e local de trabalho.
Em geral, um musicoterapeuta pode ganhar entre R$2.000,00 e R$7.000,00, conforme expertise e qualificação. Agora, se você quer saber quanto ganha um musicoterapeuta por hora, a conversa muda.
Segundo a União Brasileira das Associações de Musicoterapia (UBAM), o profissional pode ganhar entre R$250,00 por sessão individual em consultório próprio, até o valor máximo de R$1.200,00 por hora de trabalho quando se presta consultoria especializada.
Quer saber onde encontrar bons cursos de musicoterapia que tenham reconhecimento? Aqui neste link da UBAM você pode visualizar as oportunidades de formação por estado, confira!
Entender quem pode trabalhar com musicoterapeuta é a porta de entrada para uma profissão promissora
Enfim você descobriu quem pode trabalhar com musicoterapia, era o que você esperava ou achou uma jornada custosa demais? Se você já tiver uma graduação, esta pode ser a oportunidade ideal para ampliar seu campo de atuação.
Por outro lado, se você ainda está no começo da vida profissional, é o momento oportuno para estruturar seu futuro no mercado de trabalho. Independentemente disso, espero muito que o conteúdo possa ajudar, compartilhe e até a próxima!
