Pesquisas recentes apontam que o brasileiro passou a usar mais temperos na hora de preparar as refeições, com um aumento de 11%, o que leva muita gente a se perguntar se vender temperos dá dinheiro ou é perda de tempo, quer saber a verdade?
A resposta é sim, a comercialização de temperos e especiarias tem potencial para se tornar um negócio lucrativo, mas depende de conhecimento técnico, bons fornecedores, investimento na criação de uma marca sólida e muito marketing.
Acompanhe neste conteúdo como ganhar dinheiro com a venda de temperos, melhores combinações e diversas dicas essenciais!
Descubra se vender temperos dá dinheiro e se é um bom negócio
A culinária brasileira é riquíssima em sabores, cores e temperos, desde sempre nos destacamos como referência gastronômica. Apesar disso, é fato que a cozinha cotidiana nem sempre utiliza o potencial e versatilidade dos temperos disponíveis.
Pelo contrário, muitos ainda insistem em usar temperos industrializados que pecam pelo excesso de sódio, mas isso está mudando. Isso porque o período de isolamento na pandemia reforçou laços históricos entre a culinária diária e temperos.
Como resultado, diariamente mais pessoas buscam opções saudáveis e naturais de combinações que valorizam os pratos e enriquecem o paladar.
Então, seja para ter uma renda extra com tempero caseiro, ou vislumbrar a possibilidade de montar um negócio definitivo, saiba que vender temperos dá dinheiro.
Portanto, se você almeja colher os louros de um mercado em plena expansão, é fundamental pegar carona nesta tendência hoje.
Qual a margem de lucro para temperos no mercado atual?
Através de uma análise geral, pude notar que há grande variação quando se fala em qual a margem de lucro para temperos.
No entanto, eu cheguei à conclusão de que um comércio padrão de temperos trabalha com margem de lucro entre 30% e 50%. Aspectos como aluguel, fornecedor inflexível nos preços e má gestão operacional impactam diretamente na margem. Olha um exemplo clássico de tempero para vender e sua margem de lucro:
Custo de produção
- Ingredientes: R$5,00
- Embalagem: R$2,00
- Produção (energia e mão de obra): R$3,00
- Marketing e distribuição: R$2,00
- Custo total médio: R$12,00
Como você apostou em qualidade e utilizou ingredientes de primeira, você tem boa margem para precificar o produto. Nesse sentido, seu preço de venda ficou em R$24,00, o que gera lucro bruto de R$12,00, margem de 50% e markup de 100%.
Vale ressaltar que isso só é possível quando você combina eficiência operacional e conhecimento para criar produtos exclusivos. Como base, procure boas marcas de temperos no mercado e veja o preço.
Existe uma marca importada no mercado brasileiro que realmente usa ingredientes de altíssima qualidade. O preço de um vidro de tempero, digamos, curry indiano, não sai por menos de R$38,00.
Contudo, você realmente acha que eles gastam tudo isso para produzir o tempero? De forma alguma, mas a consolidação, posicionamento e, óbvio, qualidade, se destacam e viabilizam uma margem de preço absurdamente alta.
Quais os temperos que mais vendem? Mix de temperos para começar a vender
Independentemente de você montar uma fábrica de temperos secos ou uma simples loja para revender suas combinações, é vital se atentar aos temperos mais vendidos. E aqui eu destaco dois tipos de produtos: mix de temperos e produtos individuais, confira uma lista que pode inspirar o seu portfólio!
1. Lista de especiarias simples para todas as finalidades
Se você tem dúvidas de que vender temperos dá dinheiro, é porque entende que a gastronomia evoluiu muito nos últimos anos. Antigamente, bastavam alguns dentes de alho e meia cebola picadinha para você preparar de tudo.
Todavia, o paladar mudou, e com ele, a forma como se comercializa temperos. Nesta primeira lista, trago as especiarias básicas que certamente são o carro-chefe:
- Colorau natural feito a partir da moagem da semente do urucum.
- Orégano é o tempero que vai bem em tudo.
- Páprica picante, defumada ou doce, caiu no gosto popular.
- Cominho e coentro em pó estão presentes em muitos cardápios.
- Ervas bases como tomilho, alecrim e manjericão não podem faltar.
- Pimenta-do-reino e pimenta branca são ingredientes básicos na cozinha atual.
A ideia de comercializar temperos básicos pode levar você ao erro, assim como a maioria comete. Acontece que quanto mais simples um ingrediente, mais qualidade ele precisa oferecer.
Um bom exemplo é o colorau, que precisa ser feito a partir do verdadeiro urucum. Em vista disso, aposte em qualidade e precifique corretamente, mesmo porque o cliente sabe o que procura e você não precisa convencer ninguém.
2. Mix de especiarias e temperos mais completos
Agora, para quem quer vender produtos com alto valor agregado, os mixes de temperos precisam ser impecáveis. Normalmente, esse produto atende necessidades mais específicas e receitas que dependem de sabores potentes.
Quem nunca recorreu ao chimichurri com pimenta para fazer o tradicional molho para churrasco? Ou então, quem nunca usou um bom tempero baiano naquela receita de moqueca saborosa?
Sem contar as versões de culinárias internacionais, como o Zaatar, utilizado no Oriente Médio. Nesse caso, falamos de uma mistura aromática de temperos que traz um frescor no sabor e picância agradável no paladar. Olha quanta coisa para vender:
- Chimichurri com e sem pimenta.
- Chimichurri com toque de limão.
- Pimenta síria (pimenta-do-reino, pimenta da Jamaica, canela, noz-moscada e cravo-da-Índia).
- Zaatar (tomilho, sementes de gergelim torrado, sumac e sal.
- Tempero baiano.
- Tempero gaúcho para carnes e assados.
- Salsa, cebola e alho.
- Vinagrete desidratado.
- Opções de caldo de carne e legumes.
- Lemon Pepper.
- Ervas finas e ervas de Provence.
Ter uma boa diversidade de temperos expande o leque de público atendido, na prática, essa é a diferença para ganhar dinheiro vendendo temperos.
Se vender temperos dá dinheiro, devo montar uma loja de temperos online ou loja física de especiarias?
Depois de aprender que vender temperos dá dinheiro, a maior dúvida é quanto ao modelo de negócio. Devo investir em uma loja de temperos ou apostar tudo no comércio digital, através de um e-commerce funcional e completo?
No meu ponto de vista, acredito que a estratégia ideal é montar duas frentes comerciais. Ou seja, estruturar um espaço físico permite que o cliente tenha contato direto com os produtos, o que é fundamental para a decisão de compra.
Por outro lado, isso implica em mais investimento, em especial para se manter no começo enquanto a marca ganha força. O e-commerce, por sua vez, é mais versátil, barato e eficiente, mas requer experiência com estratégias digitais de marketing.
Nesse momento, coloque as duas coisas na balança e veja qual se encaixa melhor à sua realidade. Espero muito que tenha gostado das minhas dicas, compartilhe-as e até a próxima!
