Se na primeira vez que você ouviu falar sobre a loja de produtos para presos você se interessou, então quer dizer que você tem bom faro no empreendedorismo, pois esse modelo comercial cresceu muito no país nos últimos anos.
Então, se você quer saber mais porque acredita ser uma possibilidade real de investimento, este conteúdo foi feito para você. Confira!
Índice de conteúdo
- Entenda como funciona uma loja de produtos para presos
- Como montar uma loja de produtos para presos
- Pesquise o mercado e entenda as regulações
Entenda como funciona uma loja de produtos para presos
A loja de produtos para presos é um formato de negócio especializado em oferecer itens essenciais a pessoas encarceradas. Ou seja, são comércios que fazem uma seleção de produtos que trazem conforto e bem-estar à família e ao preso.
Geralmente, os produtos são separados em kits completos que incluem itens de higiene pessoal, acessórios, alimentos, roupas e até artigos de limpeza e cuidado pessoal.
Agora que eu respondi o que é kit presídio e como funciona essa modalidade de loja, vamos entender seu conceito? O que diferencia essa loja de uma pequena mercearia, por exemplo, já que os produtos são praticamente os mesmos?
Bem, a principal diferença é que a loja de itens para presos leva em consideração regras e regulamentos dos presídios. Inclusive, cada instituição prisional tem suas próprias regras e cada estado determina a viabilidade dos produtos.
Produtos permitidos na maioria dos presídios do país
- Produtos de higiene pessoal em geral.
- Roupas que não tenham partes metálicas ou detalhes considerados perigosos.
- Alimentos e bebidas não perecíveis.
- Materiais de escrita.
- Produtos de limpeza (detergente, sabão em barra e escova de limpeza).
- Medicamentos que tenham prescrições médicas e de uso contínuo.
- Revistas e livros que recebam aprovação da diretoria e administração do sistema prisional.
Como montar uma loja de produtos para presos: 4 passos que você precisa considerar
Recentemente saiu uma matéria falando de um caso de sucesso de uma loja especializada em produtos para presos. Um comerciante, que já cumpriu pena e conhece o sistema por dentro, não conseguia emprego por conta do seu histórico criminal.
Entre um trabalho aqui e outro bico ali, ele acabou tendo a ideia de atuar em prol da comunidade carcerária. O negócio? Bem, ele montou a “Loja do Preso”, batizada de “Paz, Justiça e Liberdade (PJL)”.
Através de pedidos das famílias e dos próprios detentos, o empresário conquistou sua liberdade financeira, além de influenciar positivamente na vida de quem perdeu sua liberdade temporária. Como ele fez isso? Isso você descobre agora!
1. Pesquise o mercado e entenda as regulações
Como se trata de um mercado novo, você pode pensar que não precisa de tanto planejamento, mas não se engane. Mapear as necessidades, as carências e as demandas regionais é um importante passo para consolidar sua loja.
O cenário mais promissor é montar a loja numa região que tenha sistemas prisionais próximos. Do contrário, o custo operacional aumenta por conta do custo logístico.
Porém, mais importante do que analisar o contexto da demanda, é compreender as regulamentações e obrigatoriedades da penitenciária que você pretende fornecer os produtos.
2. Forme parcerias comerciais com fornecedores
Para ter uma oferta bacana, você precisará de bons fornecedores, certo? Mas além disso, é fundamental fortalecer seu networking, ou seja, o relacionamento com as autoridades prisionais, bem como com instituições de assistência e apoio aos presos.
Na prática isso facilita os processos tanto de seleção e separação dos produtos quanto de entrada nos presídios. Baseie suas parcerias em aspectos como:
- Eficiência operacional de entrega dos kits e produtos avulsos.
- Redução de custos desde que não afete a qualidade do serviço.
- Oportunizar o fácil acesso ao seu portfólio de produtos.
- Garantir qualidade e integridade máximas dos itens.
- Estimular credibilidade com autoridades, famílias e população prisional.
3. Crie um catálogo estratégico de produtos
Depois que você estudar o mercado você terá mais assertividade para escolher quais produtos compensa ter em estoque. Leve em consideração a regionalidade e os hábitos da instituição que almeja atender.
Outra coisa, cada presídio costuma ter suas próprias gírias para identificar os produtos. E como muitos pedidos chegam por meio de cartas dos detentos, é importante compreender o “idioma prisional”.
Só para exemplificar, em muitos lugares, o rádio de pilha é conhecido como papagaio, enquanto o chinelo é chamado de táxi. Se você receber o pedido e encontrar a palavra veneno, significa que a pessoa quer suco em pó.
Embora pareça um tanto inusitado, é um diferencial competitivo para você atender em cheio as necessidades dos clientes.
4. Estratégias de marketing segmentado e canais de comunicação
Por fim, você deverá ter muito jogo de cintura para criar estratégias de marketing que alcancem as famílias dos detentos. Você pode usar as redes sociais para criar campanhas pagas com segmentação específica, por exemplo.
O diferencial, no entanto, é fortalecer o marketing boca a boca na região, pois nesse tipo de comércio, a recomendação pessoal é determinante para o sucesso.
Por fim, mantenha um canal de comunicação direta com os potenciais clientes, como o WhatsApp. Através do WhatsApp você pode automatizar o atendimento e agilizar os pedidos com um menu transparente dos produtos à disposição.
Tenha em mente que quanto mais você simplificar o acesso das pessoas aos kits, mais vendas você terá e mais diferença fará na vida das pessoas.
Por que uma loja de produtos para presos é um bom negócio?
Você já imaginou a realidade de uma pessoa que tem um parente ou um familiar próximo preso? Como deve ser complexo administrar a vida pessoal e ainda suprir as necessidades de quem cumpre pena em regime fechado, né?
Então, montar uma loja de produtos para presos pode ser um bom negócio justamente porque você simplifica a vida das famílias, que muitas vezes nem sabem quais produtos podem entrar ou não no presídio.
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