A Dudalina não faliu, mas a verdade é que a empresa chegou bem perto de fechar as portas inúmeras vezes, não por ter produtos ruins ou baixa qualidade, mas principalmente por conflitos familiares que ocasionaram sérios tropeços financeiros.
A história da Dudalina daria um roteiro de filme cheio de reviravoltas e superação, mas como em toda companhia que mira ser referência, os percalços fazem parte da jornada e, aprender com os erros, é o que torna a marca imbatível.
Para você que busca saber o que aconteceu com a marca Dudalina, entenda tudo sobre uma das principais marcas brasileiras!
Será que a Dudalina faliu de verdade?
Basta uma rápida pesquisa para encontrar os principais produtos do portfólio da Dudalina, seja para o público masculino ou feminino. Nesse momento, muita gente vem me perguntar: “mas afinal, a Dudalina não tinha falido?”.
Quem conhece a história da marca que se consolidou como uma das principais fabricantes de camisa social feminina, chega à conclusão de que é um milagre a empresa não ter falido.
Entre disputas, conflitos familiares, discordância quanto aos rumos do negócio e briga de egos, a marca Dudalina é uma sobrevivente.
Uma pincelada através de 67 anos de história da Dudalina
Fundada em 1957 na cidade de Luiz Alves, Santa Catarina, a marca carrega a união dos nomes de seus fundadores, Rodolfo Francisco de Souza Filho, conhecido como Duda, e Adelina Hess de Souza, carinhosamente chamada de Lina.
Assim surgiu uma pequena confecção de camisas, onde Adelina costurava dentro de casa. Com tempo e dedicação, o negócio expandiu e com ele, cresceu também a família, que somava 16 irmãos.
Nesse cenário, o casal conseguiu empregar a maioria dos filhos, porém, ali se formavam as futuras disputas pela última palavra dentro da empresa. A partir disso, os irmãos se dividiram em dois grupos, um com 11 integrantes e outro com 5 irmãos, inclusive com o primogênito.
Mas tudo se tornou ainda mais instável quando Adelina infelizmente faleceu, em 2008. Depois disso, a marca familiar entrou em uma verdadeira montanha-russa, até ser finalmente vendida.
Até aqui, o mais importante é saber que a Dudalina ainda atua no segmento brasileiro de vestuário, diga-se de passagem, com maestria. Além do mais, se tornou uma das franquias brasileiras que mais se internacionalizou ao longo dos anos.
O que aconteceu com a marca Dudalina? Uma cronologia que envolve disputas e descontentamento familiar!
Durante a evolução da empresa, os irmãos ganharam cada vez mais espaço na tomada de decisão do negócio. Porém, o que era para ser um processo de aprendizagem e aperfeiçoamento, se transformou em disputa de egos.
Os mais velhos achavam que deveriam estar à frente dos negócios e ter a palavra final em cada nova etapa. Por outro lado, os demais irmãos não concordavam 100% com as decisões.
Naturalmente, isso gerava atrito e ruído interno que atrapalhavam o pleno amadurecimento da marca.
Detalhes da sucessão de divergência de ideias que estagnou a Dudalina
- Na década de 90, o mercado nacional começou a mudar, em especial com a entrada de produtos chineses.
- Assim, a balança comercial se desequilibrava, mas o pilar que sustentava os irmãos ruía a passos largos.
- Nessa mesma época, eles identificaram a necessidade de investir em lojas próprias para fugir das lojas multimarcas.
- Afinal, a empresa sentia o crescimento da concorrência que operava com lojas próprias.
- Já em 1995, o sétimo irmão, Armando César, elaborou um planejamento operacional com base na modalidade de franquia.
- Contudo, o plano só saiu do papel em 1998, com a inauguração de uma nova fábrica no Ceará.
- Infelizmente, a fábrica fechou em 2002, pois os prejuízos se acumulavam.
- Durante os 10 anos seguintes, o quadro se agravou, mas acabou estabilizando nas mãos de Sônia Hess de Souza.
Consequentemente, em 2013, a maioria dos irmãos se uniram e votaram pela venda de 72,27% da empresa. Na verdade, isso ia de encontro à vontade da falecida dona Adelina, que almejava dar um futuro seguro aos filhos.
Quem é o dono da Dudalina atualmente?
Com a venda da Dudalina em 2013, os fundos de investimento Warburg Pincus (Private Equity) entraram em cena. Entre acordos e desacordos, o grupo decidiu manter Sônia Hess na presidência da Dudalina. O preço da negociação? Cerca de R$1 bilhão.
Posteriormente, em 2014, a empresa Restoque fez uma jogada para comprar a Dudalina e conseguiu. Assim, o Grupo Restoque se tornou o maior varejista de roupas de alto padrão no Brasil.
Por trás da Restoque, estava outra empresa de fundos de investimento, a Advent Brasil, grupo conhecido por fazer aquisições pontuais no mercado brasileiro, a exemplo da Lojas Quero-Quero.
Portanto, a Dudalina faliu em conciliar a união dos irmãos Hess. Mas obteve grande sucesso nas mãos de quem visava seu crescimento. Desse modo, hoje a Dudalina ainda pertence à Restoque, detentora de marcas como:
- Le Lis Blanc Deaux
- Rosa Chá
- John Jonh
- Bô
- Individual
Na dúvida sobre quantas lojas tem a Dudalina? Pois saiba que sua rede conta hoje com 40 lojas próprias, aproximadamente 7 franquias e um total de 1.100 lojas multimarcas. Além do mais, a empresa opera em 7 países diferentes.
A Dudalina é franquia? Tem como investir na loja da rede?
Sim, a Dudalina opera na modalidade de franqueamento e você consegue investir em uma loja própria. Dentre os destaques da franquia, estão:
- Capacidade produtiva superior a 1,5 milhão de peças ao ano.
- Marca com experiência de 67 anos no ramo de vestuário de roupas premium.
- Modelo operacional que recebe validação diária em mais de 1.100 lojas multimarcas pelo país.
A empresa não divulga informações de investimento, retorno ou faturamento. Então, se você deseja investir em franquia de loja de roupas com uma proposta exclusiva, recomendo você acessar este link. Preencha o formulário para receber contato da equipe!
A verdade sobre a Dudalina ter falido é muito mais complexa e agora você sabe tudo sobre como a marca se forjou das adversidades e conquistou resiliência. Gostou do conteúdo? Compartilhe com outras pessoas, até a próxima!