Quantas lojas Quero-Quero tem no Brasil? Entenda o funcionamento da empresa

Publicado por Lidia Massari em 28 de agosto de 2024

No último fechamento de resultados, a Lojas Quero-Quero registrou a incrível marca de 552 lojas espalhadas pelas regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste, isso representa um crescimento de 3,2% em número de lojas, mas será que para por aí?

A Lojas Quero-Quero atua no mercado brasileiro há 57 anos, mas garanto que muita gente nunca ouviu falar da marca. Parte disso está relacionado à operação e à atuação altamente estratégicas em face de um mercado muito concorrido, confira!

Descubra agora quantas Lojas Quero-Quero tem no Brasil hoje

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Caso não conheça a Lojas Quero-Quero, a empresa é uma importante rede de varejo de material de construção. Hoje, a rede soma 552 unidades espalhadas pelos estados: Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná, São Paulo e Mato Grosso do Sul.

O que chama a atenção, no entanto, é que em número de lojas, a Quero-Quero é a maior do Brasil. Nem mesmo a imponência da Leroy Merlin é capaz de superar um plano de expansão que visa levar mais lojas a regiões comercialmente promissoras.

Obviamente que se falarmos em termos de faturamento e relevância comercial, a Quero-Quero se encontra no encalço de empresas como Leroy Merlin e Telhanorte.

Quem olha para as 552 lojas da Quero-Quero, mal percebe que mais de 170 unidades foram abertas apenas nos últimos 2 a 3 anos. É um feito que pouquíssimas empresas no ramo de material de construção conseguem concretizar.

Agora que você descobriu quantas Lojas Quero-Quero tem no Brasil, você se pergunta: “nossa, mas moro na Grande São Paulo, como nunca ouvi falar desta empresa?”. Antes de partirmos para a estratégia de atuação, vamos à história do grupo.

Um passeio pela história da Lojas Quero-Quero

No dia 15 de agosto de 1967, nascia a Lojas Quero-Quero, na cidade de Santo Cristo, interior do Rio Grande do Sul. Inicialmente, a empresa atuava com comércio em geral e fazia representações.

Com o passar dos anos, a empresa familiar ganhou proporções maiores e se consolidou na região. Como resultado, eles finalmente tinham os insumos para alçar novos voos, e o fizeram com a diversificação de portfólio.

Primeiramente, pisaram no segmento de materiais de construção, que era uma demanda pujante na época. Além disso, foram na contramão da maioria das empresas, ao englobar departamentos como: moveleiro e de eletrodomésticos.

A partir disso, a rede se aprofundou no mercado gaúcho e expandiu suas lojas de forma interna, gradual e totalmente planejada. Aos poucos, avançaram pelos estados de Santa Catarina e Paraná, mas um passo importante foi em direção ao Sudeste.

Dessa maneira, a Quero-Quero entrou no estado de São Paulo e, um pouco mais a Centro-oeste, em Mato Grosso do Sul.

Já próximo do ano de 2008, a Quero-Quero inaugurava uma média de 40 lojas ao ano, sem falar na aquisição e incorporação de outras marcas. Foi aí que um outro importante player do mercado entrou em cena para administrar a empresa.

Quem comprou o Grupo Quero-Quero?

Quem comprou o Grupo Quero-Quero

Em 2008, o poderoso fundo de investimento americano Advent International comprou a rede gaúcha Quero-Quero. O valor da aquisição girou em torno de R$200 a R$300 milhões, o que lhe garantiu cerca de 95% da empresa.

Por conseguinte, o plano de expansão da rede gaúcha de material de construção, que já era robusto, ganhou ainda mais impulso. Só para ilustrar, quando a Advent comprou a Quero-Quero, a rede tinha pouco mais de 180 unidades.

Inclusive, a aquisição englobou outros negócios do grupo que já tinham sua estrutura sólida, tais como:

  • Estrutura completa de financeira.
  • Administradora de consórcios do grupo.
  • Empresa de cartões de crédito VerdeCard.

Ao longo de 12 anos, a Advent conseguiu imprimir um ritmo de expansão considerável. Contudo, a Advent vendeu toda a sua operação da Quero-Quero em 2020, quando embolsou cerca de R$1,6 bilhão.

Nessa altura do campeonato, a Quero-Quero se transformou em uma “Corporation, quando finalmente abriu seu capital na bolsa de valores, também uma das únicas do seu segmento e porte a conquistar tal posição.

Na época, muitos foram pegos de surpresa, já que a empresa estreou na bolsa com um valor de R$2,3 bilhões. Por fim, a empresa se tornou uma sociedade anônima de capital aberto, logo, ela tem conselho administrativo, mas está nas mãos dos acionistas.

Não conhecia as Lojas Quero-Quero? Saiba por que se ouve falar tão pouco do grupo!

A trajetória da Lojas Quero-Quero até aqui e seus 57 anos de história e sucesso, deveriam torná-la uma marca nacionalmente famosa. Afinal, se até a Leroy Merlin que é francesa está na boca do povo, quem dirá uma tradicional gaúcha, né?

Todavia, a Quero-Quero só atingiu este patamar justamente por não seguir os meios convencionais. Veja, empresas como Leroy e Telhanorte estão presentes nas maiores cidades e centros comerciais mais relevantes do país, concorda?

Porém, quanto mais populacional uma região, mais concorrência existe. Mas quem tem recursos para sobrepor os concorrentes, é só questão de tempo até despontar nas vendas. Por outro lado, marcas menores levariam o dobro do tempo para isso.

A partir desse posicionamento, a Lojas Quero-Quero expandiu precisamente para cidades menores, regiões com praticamente zero concorrência. Além do mais, eles conseguiram modelar uma estrutura operacional própria que afastava concorrentes.

Resumo da história? A empresa ocupou espaços estratégicos em cidades com cerca de 30 mil habitantes e dominou o mercado. É assim que você entende quantas lojas Quero-Quero tem no Brasil e como isso foi possível.

Gostou de aprender mais sobre uma das principais varejistas de material de construção no Brasil? Não esqueça de compartilhar o conteúdo e até a próxima!

Lidia Massari
Graduação em Publicidade e Propaganda, com oito anos de especialização em Marketing de Conteúdo, Inbound e SEO. Sou entusiasta de tecnologia, inovação, fascinada pela robótica e filmes de ficção científica. Sou curiosa e adoro aprender coisas novas.

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