A chegada de um circo na cidade é sempre motivo de festa para quem não perde suas atrações, é também um grande motivador para empreendedores de olho em novos negócios, mas afinal, circo dá dinheiro? É um negócio que ainda vale a pena?
Se você olhar apenas pela realidade de grandes nomes circenses, como o Cirque du Soleil que fatura anualmente US$800 milhões, fica evidente que é lucrativo. Porém, quando colocamos isso na realidade do mercado brasileiro, as coisas mudam de figura.
Para entender melhor o faturamento mensal de um circo de sucesso e como funciona o negócio, aproveite e explore um conteúdo completo!
Descubra se circo dá dinheiro ou se a época de ouro já passou
A resposta que você talvez procure, é que sim, circo dá dinheiro e tem muito espaço para se tornar lucrativo. É inegável que o circo seja um empreendimento único, que leva alegria e emociona os amantes de arte circense.
Você encontra diferentes companhias de grande sucesso pelo mundo, como o famigerado Cirque du Soleil, a escola circense australiana Flying Fruit Fly Circus, Circo de Moscou, Les Colporteurs e o New Shanghai Circus, basta procurar cada um.
Apesar do sucesso incontestável dessas empresas, a verdade é que a era de ouro do circo ficou no passado, pelo menos para os pequenos circos. Ainda que tais empresas tenham públicos fiéis, a realidade financeira nem sempre é favorável, como o próprio Cirque du Soleil.
O Cirque du Soleil mostra a volatilidade do mercado circense
Só para ilustrar, em 2020, a companhia multinacional sediada em Montreal, Canadá, entrou com pedido de recuperação judicial. Isso porque havia receio de a empresa quebrar, ou seja, falir.
Felizmente eles deram a volta por cima, e hoje, voltaram a faturar a média de US$800 milhões ao ano. O que eu quero dizer com tudo isso? Bem, é que o circo é um negócio complexo, desafiador e que exige larga experiência do empreendedor.
Portanto, o circo só dará dinheiro a você, caso ele seja bem-administrado, tenha estrutura única, atrações exclusivas, estratégias agressivas de marketing e, claro, desde que transmita a essência circense que o tornou tão marcante ao longo de 254 anos de existência como uma atividade comercial.
Quanto um circo fatura por mês?
O faturamento mensal de um circo é algo que oscila consideravelmente. Por trás disso existem distintos fatores que empurram os ganhos para cima e para baixo, o que pode viabilizar um cenário de instabilidade ao proprietário.
Fatores que influenciam no faturamento de um circo de médio porte
- Número mensal de apresentações.
- Preço dos ingressos e serviços dentro do parque.
- Tamanho da estrutura e das atrações.
- Dimensão da audiência alcançada.
- Custos operacionais que variam conforme estrutura e profissionais.
- Alimentação e venda de produtos como brinquedos e souvenirs.
Em vista disso, é praticamente impossível estimar um valor concreto e dizer a você: “olha, é isso que você ganhará”.
Estimativas reais apontam que um circo de médio porte pode alcançar faturamento entre R$50 e R$80 mil, mas ultrapassar o faturamento de R$200 ou R$250 mil ao mês.
Por exemplo, aqui na região todos os anos surge um circo famoso pelas atrações inovadoras. Nesse cenário, eles costumam chegar semanas antes da inauguração e investem pesado em divulgação. Além disso, o próprio marketing digital é estratégico.
Como resultado, eles captam a atenção da cidade e região com antecedência e, eventualmente, acabam por lotar suas atrações.
Não à toa, a prefeitura estimula sua vinda anual, pois a geração de renda ao município é igualmente vantajosa ao faturamento da companhia circense, compreende?
E qual o investimento médio para montar um circo de médio porte?
Se o faturamento é uma variável complexa de ser desenhada, imagine por um momento qual o investimento em um circo de médio porte, né? Olha só o que você deve considerar caso queira investir 100 mil reais ou mais em um empreendimento:
- Fatores gerais: localização, tamanho da estrutura e escopo do circo como um todo.
- Demandas de investimento: compra ou locação de tendas, veículos para transporte, custos com pessoal e profissionais, equipamentos de iluminação e som, marketing e custo com estrutura física.
- Investimento médio inicial: a soma de todos esses elementos atinge valores que variam de R$100 mil, mas que podem superar R$500 mil.
Entenda como funciona um circo na prática
O funcionamento de um circo vai muito além do que os olhos de espectadores empolgados conseguem observar pelo lado de fora das tendas. Isso porque cada pequeno detalhe conta para que os espetáculos sejam os mais memoráveis possíveis.
Estrutura circense
Quando estamos na plateia apenas no aguardo do início do show, mal sabemos que por trás existem centenas de profissionais. Me refiro às equipes de artistas, gestores, produtores e profissionais responsáveis pela manutenção da estrutura.
Por falar nisso, a estrutura geralmente é posta em uma grande área aberta e traz segurança necessária para que as apresentações tomem os palcos.
Programação exclusiva
A programação varia conforme a região e a densidade demográfica. Isto é, quanto maior a cidade, mais espetáculos e apresentações o circo oferece. Para isso, cria-se um cronograma diário e semanal, de modo a viabilizar atrações que atendam diferentes públicos.
Venda de ingressos
A venda de ingressos ainda é a principal fonte de renda de um circo, por isso, a precificação e as promoções são tão importantes e sensíveis no escopo financeiro. A precificação, contudo, vai de encontro ao local, categoria do espetáculo e relevância das suas atrações, bem como da percepção do público.
Área de alimentação e merchandising de produtos temáticos
Há muitos anos, o merchandising não era realidade nos circos, pois a receita dos ingressos pagava as contas. No entanto, conforme a popularidade do circo caiu, se tornou vital criar outras fontes de renda.
Aqui entram produtos como brinquedos e souvenires, que complementam o faturamento mensal. Sem contar, é claro, que as praças de alimentação se modernizaram e oferecem hoje um leque atrativo de comes e bebes.
Parcerias e patrocínios inestimáveis para esticar a lucratividade
Para bater o martelo de que circo dá dinheiro quando nas condições certas, você encontra as parcerias e patrocínios. Por meio de patrocinadores locais e parcerias com empresas dispostas a investir no turismo local, o circo se torna mais rentável.
Na verdade, isso funciona mais como uma receita adicional que, no fim do dia, torna a vitalidade circense mais duradoura.
Conclusão a respeito se um circo dá dinheiro de verdade
Acredito que ficou claro que o circo dá dinheiro, mas que é preciso primeiramente desenvolver um planejamento absurdamente completo. Entretanto, queria chamar sua atenção para uma outra coisa: abrir um circo é complexo e exige muita afinidade do empreendedor com suas demandas.
Nesse sentido, se você é uma pessoa disposta a vencer desafios diários e investir em um modelo único de empresa, então, montar um circo certamente é a alternativa que você procura.
Espero muito que tenha gostado das minhas dicas, que as informações do conteúdo ajudem você a chegar na decisão certa. Até a próxima!