É até difícil falar sobre os produtos derivados da mandioca porque é uma das plantas mais versáteis, representando uma base alimentar segura em países em pleno desenvolvimento que aproveitam subprodutos como farinha, tapioca e polvilho.
O mais impressionante da mandioca, é que apenas um derivado consegue proporcionar inúmeros preparos e aplicações, a exemplo das farinhas. Sendo assim, acompanhe a leitura e entenda a relevância do cultivo de mandioca no Brasil!
Índice de conteúdo
- 7 principais produtos derivados da mandioca mostram sua versatilidade
- 1.1 Farinha de mandioca
- 1.2 Tapioca
- 1.3 Polvilho doce e azedo
- 1.4 Puba
- 1.5 Tucupi
- 1.6 Folha de mandioca
- 1.7 Tiquira
- Uma planta e múltiplos produtos derivados da mandioca
7 principais produtos derivados da mandioca mostram sua versatilidade
Você sabia que existem mais de 4 mil variedades de mandioca no Brasil? Isso mesmo, mas ainda assim as pessoas mal conhecem os subprodutos da mandioca, que é uma planta nacionalmente cultivada.
Só para você ter ideia, o país produziu quase 20 milhões de toneladas de mandioca em 2023. A lista a seguir mostra exatamente para onde vai tanta mandioca!
1. Farinha de mandioca
O principal e mais importante produto derivado da mandioca é a farinha, obtida por meio da secagem e moagem da raiz da mandioca. Na verdade, muitos países da América do Sul têm a farinha como base alimentar na culinária.
Quem costuma preparar deliciosas farofas para o churrasco, certamente já usou alguma versão dessa farinha. E no pirão então, agrega sabor e uma consistência fantástica. Além de ser muito versátil, a farinha também guarda alto valor nutricional.
2. Tapioca
Já a tapioca é um ingrediente muito consumido nas regiões do Nordeste e Norte, devido à alta produtividade nessas regiões. Além do mais, a tapioca é produzida em grandes quantidades porque a mandioca é rica em amido, e a tapioca vem do amido.
O segredo da tapioca está na hidratação correta e aquecimento sob medida, a partir daí se torna uma massa maleável, perfeita para receber recheios salgados e doces.
Vale ressaltar que muitos empreendedores brasileiros têm a tapioca como o ganha pão mensal. Afinal, sua versatilidade na hora de preparar para vender possibilita:
- Preparo de cuscuz de tapioca.
- Tapioca recheada.
- Bolinhas e dadinhos de tapioca.
- Pão de tapioca.
- Petisco de bolinho de tapioca.
- Pão de queijo de tapioca.
- Beiju de tapioca.
3. Polvilho doce e azedo
O que seria da produção de pão de queijo sem os benefícios do polvilho, né? Os polvilhos azedo e doce são variedades de amido retirado da mandioca.
A diferença entre eles é que o polvilho doce resulta do processo de decantação e secagem do líquido da mandioca ralada e espremida. Enquanto o polvilho azedo vem do processo de fermentação antes da etapa de secagem.
Também conhecido por fécula de mandioca, sua aplicação na indústria alimentícia é insuperável:
- Panificação em geral.
- Produção de pão de queijo.
- Indústria de sequilhos e biscoitos.
- Revestimento de amendoim.
- Produtos e receitas na confeitaria.
4. Puba
A puba é um derivado menos conhecido da mandioca, pois sua extração acontece mais em regiões locais. Tanto é que o termo puba vem do tupi e significa fermentado, já que é uma mistura obtida diretamente da mandioca fermentada.
Nesse contexto, a mandioca é fermentada naturalmente e tende a perder sua textura, resultando numa massa branca e supermacia. Por conta disso, a puba carrega um sabor mais ácido ideal para bolos, panificação e mingau caseiro.
5. Tucupi
O tucupi é o ingrediente mais amazônico que você verá hoje, ele faz parte diária da culinária das regiões amazônicas. Veja que interessante, o tucupi é retirado da espécie de mandioca brava, que é uma variedade tóxica.
Você não leu errado, a mandioca brava in natura contém altos níveis de ácido cianídrico, que causa intoxicação severa. Por isso, você não deve comer mandioca brava in natura e é aí que surge o tucupi.
- A mandioca colhida é inicialmente descascada e ralada.
- Em seguida, ela passa pela prensagem para extrair um líquido conhecido como manipueira, que é onde está o tucupi.
- Depois o líquido passa por fermentação natural que dura até 48 horas.
- Aqui é onde os compostos tóxicos se separam.
- Por fim, o tucupi é cozido por horas a fio para eliminar totalmente sua toxicidade.
Parece trabalhoso, mas todo trabalho árduo tem sua recompensa, e no caso do tucupi ele proporciona preparos como: pato no tucupi, tacacá, maniçoba, moqueca e molho de tucupi.
6. Folha de mandioca
Por desconhecimento, muita gente descarta a folha de mandioca porque acha que não tem utilidade. Porém, a folha é um dos grandes subprodutos da mandioca, é rica em vitaminas A e C, proteínas e minerais.
Assim como a mandioca brava, a folha in natura deve ser cozida por muito tempo para eliminar as toxinas. Inclusive, ela é um importante ingrediente na receita de maniçoba, prato típico e amplamente consumido no Norte do país.
7. Tiquira
Por fim chegamos à parte que a maioria dos brasileiros gosta, que é a cachaça de mandioca. Se você conhece apenas a cachaça de cana-de-açúcar, você está por fora, pois hoje existe até aguardente de caju e de mel.
Contudo, a tiquira tem carga histórica porque recebe a influência dos povos indígenas. Sua produção acontece através da fermentação da massa da mandioca, o que resulta numa bebida destilada de alto teor alcoólico.
Estima-se que algumas receitas de tiquira atinjam cerca de 45% de graduação alcoólica, e aí, vai encarar um gole?
Uma planta e múltiplos produtos derivados da mandioca
De verdade, se eu tivesse que falar sobre todos os produtos derivados da mandioca, nós ficaríamos horas aqui. É algo que representa bem a riqueza do nosso povo e como dá para transformar diferentes necessidades a partir de uma única planta.
Só para contextualizar, eu poderia incluir na lista o vinho de mandioca, mandioca chips, aipim frito, farinha d’água, broa, entre outras gostosuras. Se você gostou tanto quanto eu, compartilhe com mais pessoas, até a próxima!